MINHA CEGUEIRA, ESTÁ ALÉM DOS OLHOS QUE HA TEMPOS NÃO VÊEM A MINHA VIDA PASSAR"
Quisera-me, um pranto de risos, uma surra de acalantos, a mudez de uma música a soprar-me as narinas.
Quisera-me, escutar dos surdos,a verdadeira sinfonia de um acorde feito por uma rabeca tocada em si, soando um sol maior, num solo que desse dó de ouvir.
Pranteia-me, não só os olhos, mas também a alma, que grita unissona, na esperança que o universo a escute e a faça transbordar com a secura da espera.
Enchei os rios de sonhos, transbordais nas noites, as vivenças solitárias em busca dos já fechados cabarés, que em outrora abrir-se-ia para receber os mutilados corpos de solidão, regados aos mais baratos runs falsificados nas tabernas ornadas de pelejas vãs, pois, "assim diziam as almas" no alaude do menestrel, ao entoar um canto novo,causando riso e solidão.
Para Vital Farias