O Fran-Colino
(Samuel da Mata)
Nasceu no engenho e sertão no ano de 1925
Com a grande depressão, sentiu a fome aos 5
Antes dos 10 foi retirante, buscando o verde das matas
Sozinho no garimpo aos 14, a voz da mãe, só por carta
Rude, bravo e sofrido aprendeu a ser valente
No alazão desfilava, armado dos pés aos dentes
A honra, como um bridão, tinha sempre em dianteira
Aí daquele falastrão que lhe dirigisse uma asneira
Deixava um rastro de medo, por onde quer passava
Facão colino no arreio, aos desaforos cortava
Sua fama em Santa Luzia, a muito tempo reinava
Em 1950, com uma menina de 15 casava
Nada como um grande amor, para aos brutos domar
Alí se aprende com dor, a ser humilde e a chorar
Quem tem rebentos entende o que é engolir desaforos
A dar mais valor a paz do que aos potes de ouro
Como Saulo de Tarso aprendeu, trocar a honra por fé
Abaixar humilde o seu dorso, deixar passar a maré
Com seu orgulho quebrado, Deus assim o preparou
Pra mais que um homem honrado, ir ser um grande pastor.
(Samuel da Mata)
Nasceu no engenho e sertão no ano de 1925
Com a grande depressão, sentiu a fome aos 5
Antes dos 10 foi retirante, buscando o verde das matas
Sozinho no garimpo aos 14, a voz da mãe, só por carta
Rude, bravo e sofrido aprendeu a ser valente
No alazão desfilava, armado dos pés aos dentes
A honra, como um bridão, tinha sempre em dianteira
Aí daquele falastrão que lhe dirigisse uma asneira
Deixava um rastro de medo, por onde quer passava
Facão colino no arreio, aos desaforos cortava
Sua fama em Santa Luzia, a muito tempo reinava
Em 1950, com uma menina de 15 casava
Nada como um grande amor, para aos brutos domar
Alí se aprende com dor, a ser humilde e a chorar
Quem tem rebentos entende o que é engolir desaforos
A dar mais valor a paz do que aos potes de ouro
Como Saulo de Tarso aprendeu, trocar a honra por fé
Abaixar humilde o seu dorso, deixar passar a maré
Com seu orgulho quebrado, Deus assim o preparou
Pra mais que um homem honrado, ir ser um grande pastor.