VIDAS

(Poemeto que fiz lá por 1980 para meu primogênito, que deveria ter seis ou sete anos).

Tuas histórias sortidas

Têm personagens tão ricas,

Que me pergunto se a vida

Com figuras tão tacanhas,

Não seria sombra estranha

Dessas lendas bem urdidas.

Falo-te assuntos variados,

Respondes firme, sereno,

Que às vezes, impressionado,

Eu me sinto tão pequeno

E cheio de insegurança

- Sentimento que me trai –

Que penso ser a criança

E tu, menino, meu pai.