COMO NASCE UM POETA
(Lorena da Mata)
Como nasce um poeta? É o que me perguntam.
Respondo simplesmente: como nasceu o mundo.
Primeiro um pensamento, sem medo de estar errado,
ridículo, absurdo, ou mesmo engraçado.
As palavras vão surgindo e as registro no papel
sem qualquer censura ou culpa.
Nem sempre dirão: “e viu que era bom”,
Mas um dia, talvez, hão de dizer.
O poeta não pode ter vergonha. Pode não ser moribundo
ou doente da cabeça mas, por certo é do coração.
No mais, basta estar no mundo, pegar um papel e escrever.
As palavras vão surgindo como um segredo ao pé do ouvido.
Porque, para ser poeta, basta estar vivo, mesmo sem sorrir.
Alguns acharão genial, outros pueril. Porém,
só quem vê com o coração saberá o que sentiu o poeta .
As palavras fluem, não da boca, mas do coração,
sem pedir licença, como o vento a destruir penteados.
Vá forte expressão, que já não consegue mais sentir-se presa
e corra os quatro cantos da Terra.... Aqui nasceu um poeta.
Não o poeta das cores, não o dos escravos, também não o dos gêneros,
apenas o que sente que a vida não lhe pertence
e que necessita urgentemente de viver ... . Viver e cantar.
Porque não existe nada mais triste que o cantor sem ouvintes
e a beleza sem alguém a admirá-la. É por isso que canto,
dilacerando pensamentos, muitos já deveras esquecidos
mas que nestes pobres versos renascerão.
(Lorena da Mata)
Como nasce um poeta? É o que me perguntam.
Respondo simplesmente: como nasceu o mundo.
Primeiro um pensamento, sem medo de estar errado,
ridículo, absurdo, ou mesmo engraçado.
As palavras vão surgindo e as registro no papel
sem qualquer censura ou culpa.
Nem sempre dirão: “e viu que era bom”,
Mas um dia, talvez, hão de dizer.
O poeta não pode ter vergonha. Pode não ser moribundo
ou doente da cabeça mas, por certo é do coração.
No mais, basta estar no mundo, pegar um papel e escrever.
As palavras vão surgindo como um segredo ao pé do ouvido.
Porque, para ser poeta, basta estar vivo, mesmo sem sorrir.
Alguns acharão genial, outros pueril. Porém,
só quem vê com o coração saberá o que sentiu o poeta .
As palavras fluem, não da boca, mas do coração,
sem pedir licença, como o vento a destruir penteados.
Vá forte expressão, que já não consegue mais sentir-se presa
e corra os quatro cantos da Terra.... Aqui nasceu um poeta.
Não o poeta das cores, não o dos escravos, também não o dos gêneros,
apenas o que sente que a vida não lhe pertence
e que necessita urgentemente de viver ... . Viver e cantar.
Porque não existe nada mais triste que o cantor sem ouvintes
e a beleza sem alguém a admirá-la. É por isso que canto,
dilacerando pensamentos, muitos já deveras esquecidos
mas que nestes pobres versos renascerão.