RASTROS DE UM POETA

O poeta não tem nascente
Como um rio que mata a sede,
O poeta tem luz eminente
Por Deus que o concede.

O poeta deixa pegadas
Na areia do mundo exposto,
Carrega suas palavras
Na lápide, e em teu rosto.

O poeta não tem genealogia,
Apenas palavras tortas,
Não tem demagogia,
Nem poesias, puramente mortas.

O poeta tem missões indignas
Nos versos que proporciona,
Eis as razões puramentes dignas
Do que, se por ventura, se relaciona.

Essa é a missão do poeta,
Deixar rastros aonde passe,
Com uma simples poesia torta,
Pois Deus não entristece,
Quando um poeta bate sua porta.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 02/10/2015
Código do texto: T5401878
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