ALZHEIMER – FASE II
Desculpa, esqueci teu nome,
Parece que não te conheço,
Não sei se usas codinome,
Ou se realmente esqueço.
Desculpe-me, eu te esqueço,
Mas você é aquela criança
Sorrindo pra mim, naquele berço,
Me enchendo de esperança.
Desculpa, não conheço esse lar,
Não sei das lembranças do berço,
Desconheço teu sorriso, teu olhar,
Por que me afagas? Não mereço.
Desculpe minha confusão mental,
Lembro-me de teu olhar brilhante
Desembrulhando o presente de natal.
Desculpe-me, não lembro o restante.
Desculpe-me a confusão infinda,
Meu coração parece partido,
Não sei da minha vida ainda,
Pareço fora de si, ilimitado.
Desculpa, não concordo com você,
Estas palavras não são minhas,
Não me conteste, não vou esquecer,
Não vou tolerar tuas manhas.
Desculpe, a mão não me atende,
Meus pés não são mais ligeiros,
Meu corpo parece que não entende,
Meus passos não são inteiros.
Desculpa, não sei o nome dessa fruta,
Algumas palavras fogem de mim,
Minha mente ainda reluta,
Mas nada é lembrando, enfim.
Desculpa, esqueci teu nome,
Parece que não te conheço,
Não sei se usas codinome,
Ou se realmente esqueço.
Desculpe-me, eu te esqueço,
Mas você é aquela criança
Sorrindo pra mim, naquele berço,
Me enchendo de esperança.
Desculpa, não conheço esse lar,
Não sei das lembranças do berço,
Desconheço teu sorriso, teu olhar,
Por que me afagas? Não mereço.
Desculpe minha confusão mental,
Lembro-me de teu olhar brilhante
Desembrulhando o presente de natal.
Desculpe-me, não lembro o restante.
Desculpe-me a confusão infinda,
Meu coração parece partido,
Não sei da minha vida ainda,
Pareço fora de si, ilimitado.
Desculpa, não concordo com você,
Estas palavras não são minhas,
Não me conteste, não vou esquecer,
Não vou tolerar tuas manhas.
Desculpe, a mão não me atende,
Meus pés não são mais ligeiros,
Meu corpo parece que não entende,
Meus passos não são inteiros.
Desculpa, não sei o nome dessa fruta,
Algumas palavras fogem de mim,
Minha mente ainda reluta,
Mas nada é lembrando, enfim.