MADIBA
A noite é negra, sempre negra
Quando o luar da liberdade não se apresenta.
E sua negritude negra, as vezes,
São como chiados de negros chicotes
Em negras noites de negros açoitados.
Tempos negros em terras de negras e negros
Injustos tempos impostos sem guarida.
Insanos tempos de injúrias dormidas no peito negro.
E o tempo da história levantou a voz do herói negro
Maturado em cadeias do corpo sem cingir o espírito.
Bendita terra que brotou o tronco da árvore, agora ícone,
De flechas sem pontas e trombetas nas folhas
Que esvoaçaram ao vento a terras distantes, sem medo.
Que se pôs em pé de guerra pela paz
Livre como a fauna de tão ricas terras negras
Berço de todos os sangues multicolor.
Lavou a dor do sangue negro em gritos de liberdade
Brotados do âmago da alma negra, da terra negra,
Em cânticos tribais e verbos de concórdia e paz.
E o sangue negro fundiu-se ao branco
Sem tingir de vermelho ruas e corações.
Sem correntes, agora terras de brancos e negros.
Terras de Madiba, de Nelson Mandela!
Haromax