Na Infinita Plenitude do Ser (Ode à Mulher)
Sou fêmea desde a gênese
Até o apocalipse
Meandros costuram as formas sutis
De minha silhueta embutida
Em curvilínea beleza
Sou vaidade e Vênus
Se desejar posso ser pássaro
ou Helena a caminho de Tróia
Meu sangue traz o choro da vida
Tenho olhos de universo
Calor dos vulcões em erupção
Na pele trago o perfume dos bosques
E na boca paraísos
Sou bailarina sobre a magnitude da sedução
Rara pérola negra
Magia e orgia
De todas as luas
faço da morte minha redenção & oração
e ainda assim o fascínio uterino
resiste na próxima crisálida
que me fará nascer novamente mulher: