BALADA DA LUA

o sol adornou à noite

flamejante companheiro

ri, insuspeito

com seu jeito ingênuo

à sua maneira, quase uma criança

tão novo que ao fim não alcança

tão vivo que a morte não espanta...

risos reunidos em roda retumbante

vagalumes

vagam moças

rogam rapazes

a musica faz suar

(e por favor não vá dizer que é a luz do refletor)

peles atiçadas

pelos autofalantes

o mundo é a estrada

a estada em qualquer ponto

sonoro e brilhante

é para lá que vou com toda a gente que vai

nascemos para isso

é assim que vivemos

encantados

sorrindo

apaixonados

entregues à balada da lua...

no escuro a morte chora

a inação da poesia

nos jovens corpos de santa maria...