Cool Nagô

Frio como gelo,

Chega faz estremecer,

Mete medo,

Em quem não conhecer.

Vem chegando do estrangeiro,

Trazendo falsas raízes,

Vale o chão pra onde veio,

Compondo novos matizes.

Tradições memorizadas,

Luta árdua em clima hostil,

Letra mal interpretada,

Do imigrante que partiu.

Rosto de porcelana,

Com expressão dura,

Moral de superfície plana,

Que na tela se figura.

Mas o calor que enegrece,

Cria algo bem mais interessante,

Dançando no mar de gente,

Em um baile de infantes.

Com mais graça se apresenta,

Feito flor que desabrocha,

Rompe o véu da reprimenda,

Água macia que rompe a rocha.

Faz um ritmo mais leve,

Desmanchando aparências,

Com jeito moleque,

Cria um novo mundo sem essência.

Correndo feito leito de rio,

Inundando corações,

Transbordando em livros,

De páginas com emoções.

Unidos os pólos,

Um Éden se apresentou,

Com fertilidade no solo,

Que semeou os Cool Nagô.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 05/01/2013
Código do texto: T4068584
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