Vozes ao vento
A Roseana Moura
Querida, poetisa amiga,
Infelizmente, não há um lugar...
As lembranças não podem ser esquecidas.
Se for lembrança, seja ela boa ou ruim,
Tem que ser lembrada.
Por isso, nas noites fria de inverno,
Fico a pensar... A lembrar...
A sonhar...
Longe dos olhos do mundo, resguardado.
No meu próprio recinto.
E, se o fantasma ambulante vier me assombrar,
Direi basta!
Não serei frio como a noite,
Nem vazio como o deserto, tampouco,
Mero desalento,
Serei atento!
Renegarei as mágoas e viverei
Só de felicidade.