DOCE ARMADILHA (Para MA)
Te encontrar foi uma doce armadilha,
tão doce que me deixou atordoado
até agora.
Pra te dizer a verdade,
estou não apenas sonolento,
pois de longa e intensa entrega
foi a nossa noite,
mas inebriado e tonto,
tal a renovação espiritual que o teu
contato me proporcionou.
Foi uma noite
daquelas que marcam,
que nós dois,
independente do que os rumos que a vida
nos reservar daqui pra frente,
guardaremos na memória e no coração
para todo o sempre,
ou, ao menos,
enquanto a razão nos contemplar com seu manto.
Estou inebriado, tonto, renovado.
Tu, com a magia do teu ser,
por ser tu mesma,
sem forçar,
sem fingir,
sem querer mostrar outro lado que não seja seu,
em poucas horas,
fez de mim homem e criança,
me deu a paz que eu já não mais encontrava.
Me fez redescobrir a mim mesmo,
em cada detalhe do que fomos naquelas breves horas.
Ficaste em mim, MA,
em letras impressas com o fogo da brasa do amor
gostoso que fizemos,
com a precisão do diamante
que emanava do brilho dos teus olhos,
quando me olhava e falava comigo.
E sinto,
na doçura do teu beijo
e na firmeza do teu abraço,
que também fiquei em ti.
Aconteça o que acontecer, MA,
se não nos encontrarmos mais,
eu já fiz dessa noite um marco divisório,
e ela estará para sempre,
na alameda das minhas lembranças mais ternas.
Um tesouro incrustado na memória.
Uma inesgotável reserva de forças para todos os momentos
em que a vida me castigar.
Uma formidável lembrança para quando eu fechar
os olhos e sonhar.