Meus pais

Dois vultos ligeiramente serenos

Dois anjos rapidamente nobres

Dois artesãos prazerosamente amenos

Dois arquitetos arquitetonicamente fortes

Operários em obra de agregada singeleza

Cujo fruto é concebido da loucura a lucidez

Do ébrio mais sóbrio do pobre mais burguês

A ostentação do obreiro por quem herda boniteza

Dois anjos abarrotados de candura

Duas sentinelas, nos escudos tua prole é o brasão

Contemplando e velando tua viva criatura

Embevecidos pela graça da grandiosa criação

Aqueles dois, por qual majestosa vida descendo

Quais compram guerra para nutrir minha paz

Aqueles que por vezes não compreendo

Os que mais me amam, os que são meus pais.

Carlos Roberto Felix Viana

CarlosViana
Enviado por CarlosViana em 23/08/2011
Código do texto: T3176992
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