PATATIVA DE BARBALHA LÁ DO CEARÁ
OU
O PARALELISMO DAS ENTRELINHAS
 
Soneto I
Sabe Moça, nas entrelinhas do seu perfil,
Mais do que por sua foto, fiquei devoto
De Santa Terezinha... Busquei o meu refil
De fé e sorvi um pouco dela com o voto
 
De traçar uma paralela entre a sua janela
E a minha... Mas, que de logo, fique claro
A intenção de um poema destes, bem raros
Hoje em dia, entre duas pessoas... Ela
 
Poeta e sonetista de mãos cheias, aprendiz
De Correia, Moraes e Espanca... Uma flor bela
Que no Recanto encontrei por entre entrelinhas
 
Num breve momento que me senti feliz
Estes momentos, agora, são raros e a Angela,
Outra poetisa proporcionou-me. A minha
 
 
 
 
Soneto II
Pretensão, retardada, de reeditar um velho
Livro, em suas mãos, está tomando jeito
E fiz-lhe alguns versos exaltando o feito...
Daí me vem um comentário... Espelho
 
Refletindo a boa imagem, de bondade,
De quem o fez. Retribui, visitando o site,
Indo... Beber poesia... Existe quem ache,
Sim... Existe. Quem enxergue fragilidade
 
Nos poetas e na poesia... Mas, que nada!...
O poço onde busquei água provém da terra
Seca, estorricada, onde um quase nada
 
É muito e nada mesmo é pouco... Terra
Também de gente forte e brava, da bela
Iracema e Rachel e do Amado Jorge
 
 
Soneto III
 
E do Alencar... Minha e também dela...
Nós que, municiados de um alforje
Deixamos para trás os nossos berços
Pra melhorar de vida nas frias avenidas
 
Das grandes cidades, que nem um terço
De beleza tem das nunca esquecidas
Terras lá do nosso sertão Nordestino!...
Mas Deus traçou assim nossos destinos
 
A guisa de presente deu-nos papel e penas
Como legado deixou-nos alguns poemas
Como dever de casa... Para compô-los...
 
Mostrou-nos as cores do dia... Em cada olho
Ele pôs um ponto... O tal ponto de vista.
De forma que nos cabe, tonar-se um artista,
 
 
 
 
 
 
Soneto IV
 
Na vida, usar na pena a cor que nos traga o dia
E hoje, meu dia, tornou-se colorido e sei que chovia...
Recebi vários presentes: algumas notícias boas,
Fiz meu dever de casa e conheci uma pessoa
 
Que cumpre seus deveres com mestria, rima
Suas dores com poesia além do que é prima
Da Rachel e do Alencar... Como se não bastasse
O Fagner foi musicar logo o Canteiros da Florbela
 
- Florbela fica aqui por ser a RIMA RICA ma CANTEIROS É DA CECÍLIA
não fosse o poeta YOLLEY Florbela levava a fama na cama que é da CÉCÍLIA
-

Tenho cá minhas dúvidas se ele não o fez pensando nela...
Sei não, fez Fanatismo também mas, é outra história...
O que sei mesmo é que ser Nordestino é uma glória
 
Tanto faz se na Bahia ou no Ceará se em Jequié
Ou em Barbalha... Sei que nós “trabalha” e leva fé...
Um dia eu concluo estas entrelinhas para ela...
 
 
 
 
 
 
Soneto V por completar
 
Juro... Ouvindo Juras secretas da Suely Costa na voz
De Fagner é que agora me dei conta... Já é madrugada
De 20 de maio de 2011 e são 5:09 e cantam já
No meu terreiro os galos, ah!... Sim ainda tenho:
 
Galos, noites e quintal como o Belchior. Sim Senhor(a)...
Um beijo com a saliva das águas do Mucuripe...
Aceitam-se parcerias para o epílogo da jornada...