MÃE

Mãe que concedeste um filho

No estábulo sagrado sob o céu
Mães das senzalas e favelas
Que ocultam a face com véu.
 
Mães que cuidam e amamentam
Que escondem tantas tristezas
Que não desistem de seus filhos
Mesmo diante de tantas incertezas.
 
Mãe que enfrentaste toda dor
Vendo teu filho pregado na cruz
Mães que aguardam seus filhos
Das ruas, do mal que os conduz.
 
Mães que como a minha no dia-a-dia
Confere a saúde, a ferida, meus danos
Ajoelha como Maria e reza nos cantos
Aconselha, sorri e apoia meus planos.
 
Mãe que ficaste no relento por teu filho
Na incerteza da justiça dos mortais
Mães que vistes teus filhos perecerem
Na candelária, nas ruas, nos currais.
 
Mãe que guarda a imagem célica
Do renascimento do filho imperante
Mães que buscam conforto em fotos
Em abraços e beijos não dados antes.
 
Mãe que me concedeste a existência
Mães de filhos bons e santificados
Mães de filhos maus e enclausurados
Mãe, mulher, para Deus a essência.

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 11/05/2011
Reeditado em 12/05/2011
Código do texto: T2964226
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