Caminhar
(ao meu filho)
Eu vou em frente
contra as pedras que me invadem os sapatos
e que me cortam os pés,
e contra as montanhas
que tenho que escalar com as mãos,
que racham ao frio,
e contra o vazio
que me invade o coração.
Eu vou em frente
porque para trás o caminho se acabou
(e é bom não ter retorno).
E avanço rumo ao norte,
e luto contra a morte,
contra o tempo
que tormento,
que me leva a vida
minuto a minuto,
precisamente correto.
E quando muito eu só avisto,
além do abismo que se abre a minha frente,
uma imagem,
talvez miragem do meu objetivo.
Mas tenho em mim um sangue latino,
guerrilheiro,
sempre disposto a desafiar o destino.
Vê, menino,
em mim o teu passado
e busca em ti o teu futuro,
e vai seguro
pois que o pior já passou...
... e quem te amou jamais se esquecerá
de para sempre te amar.
(ao meu filho)
Eu vou em frente
contra as pedras que me invadem os sapatos
e que me cortam os pés,
e contra as montanhas
que tenho que escalar com as mãos,
que racham ao frio,
e contra o vazio
que me invade o coração.
Eu vou em frente
porque para trás o caminho se acabou
(e é bom não ter retorno).
E avanço rumo ao norte,
e luto contra a morte,
contra o tempo
que tormento,
que me leva a vida
minuto a minuto,
precisamente correto.
E quando muito eu só avisto,
além do abismo que se abre a minha frente,
uma imagem,
talvez miragem do meu objetivo.
Mas tenho em mim um sangue latino,
guerrilheiro,
sempre disposto a desafiar o destino.
Vê, menino,
em mim o teu passado
e busca em ti o teu futuro,
e vai seguro
pois que o pior já passou...
... e quem te amou jamais se esquecerá
de para sempre te amar.