BRAUNA

À beira da estrada

Esperando os viajantes

A grande árvore cedia

Seus galhos abundantes.

Os pássaros faziam seus ninhos,

Suas sombras acolhiam corpos cansados

Passava boi,

Passava gente,

Por toda a estrada.

Passava a noite escura, o sol,

Toda tarde ouvia-se o canto do rouxinol.

Quantos ali descansavam,

Vaqueiros,

Beatos,

Cangaceiros do sertão,

Mendigos sem rumo, sem casa

E loucos sem perdão.

A noite anunciava a grande chuva,

Pela manhã o sol brilhava,

Podia vir o vento forte

A grande braúna suportava.

Protegia e acolhia sem nada cobrar,

Contentava-se apenas com o canto do sabiá,

Do galo de campina,

Do azulão,

Do canário brigador,

Do vaqueiro da caatinga

Que de verso e prosa protestava seu amor.

Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 04/11/2010
Reeditado em 04/11/2010
Código do texto: T2597404
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.