MEU SERTÃO

Meu sertão de cor embaçada,
De grandes maravilhas,
De mundo cão e vida malvada
Jogando-nos no chão em tantas trilhas
Como ilhas, separada.
Meu sertão de fúria incontida,
Paixão e fiúza,
Da febre dos homens, da ferida,
Da força bruta e da incerteza.
Meu sertão de vertigens e virgens,
Da cama desarrumada,
Da paixão impossível,
Da carne rasgada.
Meu sertão de sonho na fronte
De busca eterna,
De olhar no horizonte,
Na chuva que inverna.
Meu sertão de luta por terra,
De povo sofredor
Que vive como em guerra
Suportando a dor.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 04/11/2010
Reeditado em 02/06/2011
Código do texto: T2597398
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