Da mais aflita à mais dengosa
Toda mulher é um ser sagrado
Agrado para o coração
Oração matinal tempero e sal
Que me desculpe o poetinha
Toda mulher é bonita
Da mais aflita à mais dengosa
Da mais gulosa à mais reticente
Toda mulher é quente
Se provocar, causa furor
Todo mulher se dá, o máximo
Se souber extrair
Chegar à sua essência
Toda mulher é suprema
Altar pra meus agrados e quereres
A ela me entrego sem queixa
Aos seus luxos e dengos
Caprichos e leves demências
Lindas ou não é a bela da espécie
Receptivas ativas passivas
Vulcão furação tempestade
Usina de vida matriz da raça
Toda mulher é um arraso
O máximo a rima perfeita
A dona do poema supremo
De leveza extrema
A prima a dona madona
Mandona a submissa
Amélia Ofélia a que vai à igreja
E falta à missa pra fazer amor
Toda mulher é assim:
Par perfeito, dona do encaixe
Da outra parte
Dona da fenda divina acesa
A mais tesa proeza que há
Que deus a faça sempre assim:
Alegria magia valentia
A que nos põe em guerra
A que nos coloca em paz
Que acolhe o valente
Dá força ao covarde
Faz alarde nos faz gigantes
Carentes dementes tementes
A que nos tira o solo
E nos dá os meios os seios
O quente o dentro e o colo
Toda mulher é linda
Rima certa o poema inteiro
Bálsamo benigno, signo
A que cura nossa ferida
Nos arrefece dos aís da luta
Nos deixa tensos tesos
Navegantes a esmo
Porto para a nos ancorar
Barco que nos leva a alto mar
Praia deserta água límpida fonte
Quem nos aquece agasalha
Nos faz o bom e o bem
Bombom azeite leite fresco
Deleite desfrute fruta vermelha
Morango carambola primavera
Flores maça pão de cada dia
Comida fartura verdura
Luz água estrela benção
Chuva - que caia sempre
Aqui na minha mão