O VELHO II
Caminhar lento,
Cabelos grisalhos
Marcas no rosto
Mãos e sonhos dilacerados
A cor decomposta
Simples operário
Sem resposta
Firme e solitário
Com passos certos e inseguros
Rumo ao sol
Pensamentos futuros
Arrebol
Um nó na garganta
De um resto de estrada
Do gosto da vida, sabor de pimenta
Meio doce meio ardida
O resto do caminho
Sem flores na estrada
Arrefecer sozinho
Espinho e pele rasgada
O horizonte está perdido
Na partida para outra jornada
O olhar ferido
Em busca de outra autoestrada
Os sonhos ainda sortidos
Em pesadelos nebulosos
E os desejos contidos
Em um coração furioso
Vencer, esquecer a dor,
A vida, um desafio qualquer
Buscar a onde for
Os mistérios da fé
Fixar seu ninho
Fazer sua morada
No futuro o homem sozinho
Não será nada
Ficará refém do medo
E da própria sorte
Não falará seus segredos
Na certeza da morte.
Autor: Leon Gomez, poesia feita em 28 de fevereiro de 1987 em homenagem ao meu velho pai Luiz Gomes.
Caminhar lento,
Cabelos grisalhos
Marcas no rosto
Mãos e sonhos dilacerados
A cor decomposta
Simples operário
Sem resposta
Firme e solitário
Com passos certos e inseguros
Rumo ao sol
Pensamentos futuros
Arrebol
Um nó na garganta
De um resto de estrada
Do gosto da vida, sabor de pimenta
Meio doce meio ardida
O resto do caminho
Sem flores na estrada
Arrefecer sozinho
Espinho e pele rasgada
O horizonte está perdido
Na partida para outra jornada
O olhar ferido
Em busca de outra autoestrada
Os sonhos ainda sortidos
Em pesadelos nebulosos
E os desejos contidos
Em um coração furioso
Vencer, esquecer a dor,
A vida, um desafio qualquer
Buscar a onde for
Os mistérios da fé
Fixar seu ninho
Fazer sua morada
No futuro o homem sozinho
Não será nada
Ficará refém do medo
E da própria sorte
Não falará seus segredos
Na certeza da morte.
Autor: Leon Gomez, poesia feita em 28 de fevereiro de 1987 em homenagem ao meu velho pai Luiz Gomes.