Alegrias
Coisas engraçadas passaram desde a sua chegada,
Não havia piadas sem graça, nem doce de marmelada,
A cara pintada e o sapato furado, no picadeiro ele deixou,
Não havia platéia, não havia espetáculo, não fazia parte do show,
Era puro, era simples, era real, mesmo estando mal,
E mesmo assim ele encantava, brilhava, com seus gestos quase que casual.
Não havia balão para furar, nem historias maluca para contar,
Os baldes com confetes, ele há muito tempo abandonara.
Por vezes até mantinha uma cara amarrada, talvez emburrada.
Mas quem o via, percebia que sua sina era arrancar gargalhadas,
Pois aquele era o palhaço da vida real, esperando pelo aplauso final.