O BRUXO DA POESIA

O BRUXO DA POESIA

Ser de rara magia,

vestia-se de negro;

brancos versos,

amor, elegia,

mente brilhante,

vate inspirado,

dedilhava a citára,

acordes sonantes,

sábio na quimíca

poética.

hábil, eclético,

viajava por todas

formas de composições.

Diziam os incautos,

era um arauto de espíritos

de outras dimensões,

psicografava apenas,

sentimentos outros,

que não eram seus.

Falavam ser ele

um semi-deus

de poemas, trovas,

senhor dos corações,

das donzelas impuras.

das dores incuráveis,

balsámos sagrados.

Se expressava desenvolto,

no idioma universal,

dos versos encantados,

fértil, gerava idílios,

paria filhos,

de metafóras e rimas,

tinhas as formúlas,

todos componentes,

esculpia obras-primas,

musas imponentes,

noite, dia,

Luzia a figura contundente

do Bruxo da Poesia.

[gustavo drummond]