Noite de Natal
(Dedicado à memória de Cleber Barros Ferreira, dezembro de 2009)
“Em uma noite de Natal
Tiveras bruscamente tua árvore apagada
E os sinos a chorar por ti
Oh, meu pobre anjo.
Tiveras tua asa quebrada
e te faltou um pedaço do chão
Teus olhos que eram só chamas
E em tua cabeça fogos a explodir
Blim, blom, bleu
Viva o Natal!
Tiveras tua força reduzida a nada
Teu mundo girou como num trágico carrossel
Cantaram as vozes querendo te salvar
E em tuas narinas o perfume do álcool
- ai, ai, ai minha cabeça
Roupas brancas, aparelhos, vultos
Aneurisma cerebral hemorrágico
Tu, já não existes mais...”