À Ovelha Negra
Tu não sabes como te comportar
Nem a maneira certa de mudar
Ès uma urtiga de escárnios
Sua vil ovelha negra!
Mas sei que eis uma armação
E nessa trip eu não entro não
Pois prefiro minha estrada bucólica
Às rodovias alcoólicas de tua alquimia...
Não quero me profanar em tua companhia
Muito menos me santificar em igrejas
Que não consegui penetrar, Oh....
Não te vejo um anjo caído
Muito menos um relis mortal
E sim aquela criatura espelho
Novidade! Também não me conheço...
Teu reflexo é turvo em aura negra
Por isso quero te isolar
Para não me contaminar!
Tens a consciência pesada
Não vejo o porquê se o padre que te batiza
É pedófilo!
Logo, não existe pecado...
Tudo é idéia triste da criatura puritana
Que não come e vive mal-amada
E procura te pregar
Cru-ci-fi-car-te!
Ora, digo não saber a diferença
Entre a indiferença do drogado revoltado
E do beato intrigado!
Finalizo rezando pra que não morras de overdose, Ovelha Negra
Sei que a vida é ingenuamente uma maravilha
Tal qual aquela margarida que defloraste na madrugada
Cuidado, pra ela não plantar uma orquídea negra na tua cova...
Diego Rocha