REMINISCÊNCIA.
(À biblioteca Francisco Piedade)
Aqui me eternizo;
Sou visível e indivisível;
Um átomo, de um dízimo.
Aqui sou vida após morte;
Elo entre um passado ortodoxo
E um presente insólito;
Lembrança de uma esquecida história,
Lume de uma apagada memória.
Aqui vivo sobre tudo;
Sobrevivo a tudo, sobretudo;
A parte sólida, de uma metade vulnerável
De um todo frágil.
Aqui eu reconheço:
Não construí a torre de babel;
Não ganhei o prêmio Nobel;
Mas aqui,
Só daqui,
Por aqui,
Eu resisto,
Ao in-existo.
Não desisto!
Insisto e grito:
EU EXISTO!