Para Mônica



18-08-09

Lembro-me bem ainda
Não sei nem por quê
Lembro-me
Só sei que a vejo
Ainda bem pequena
Com sua tez morena
Como as tardes
Eram morenas
Em Barra do pote
Não há quem se importe
Por que me lembro
Mas lembro
Era mimosa... Uma rosa!

Nasceu uma
Paixão platônica
Ah!... Sim agora lembro
Seu nome é Mônica
E mora no meu coração
E em Barra do Pote

É filha de Lói
Não sabe o quanto dói
Quando alguém se esquece
Que aquela flor mimosa
Já é moça feita

A filha de Irá
Mas quem será
Que se lembra
Mais dela quando pequena
Sou este canastrão,
Poeta medíocre,
Que ela às vezes chama
Tio, outras pelo nome.
Não sei seu telefone
Mas sei onde se esconde
A coisa mais linda
De Barra do Pote

Ele hoje é meu mote
Amanhã poema
Do jovem mais bonito
Do príncipe
Encantado que principie
O seu ciclo de adulta

E um dia bem velhinho
Espero ver nascer
Uma outra rosa
Formosa como a mãe
De fino tratar
E de esbelto e lindo porte
Ai posso morrer
Pois já tive a sorte
De ver nascer
Em barra do pote
Duas gerações
De um lindo casal...
Duas belas rosas!...