MUSA IMORTAL (Joaninha de Paços de Brandão)

Numa manha de bruma e frio vento,

E entre as folhas caídas do Outono,

Sem saber o porquê percebi o teu alento,

Tua doce voz me iniciando num lindo sonho

A leveza do teu encanto me tomando

Neste mágico momento de síngela ilusão

Donde tu, envolta na tristeza desse teu canto

Me levastes a terra sonolenta de Amor de Perdição

Musa sublime, bela, quase indomável

Em nós, a incontrolável vontade de te tocar,

De te amar e de te falar dessa sã felicidade

Que se faz imensidade nesse teu lindo olhar

Fostes a sombria verdade da nossa insanidade,

Teu canto espelhando tua síngela humildade,

Fostes a bela e a fera no veludo do teu manto

E hoje, o eterno escudo dourado da imortalidade.

Salomé

Ess. Paços de Brandão 2009

Salomé
Enviado por Salomé em 18/07/2009
Código do texto: T1706987
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.