MUSA IMORTAL (Joaninha de Paços de Brandão)
Numa manha de bruma e frio vento,
E entre as folhas caídas do Outono,
Sem saber o porquê percebi o teu alento,
Tua doce voz me iniciando num lindo sonho
A leveza do teu encanto me tomando
Neste mágico momento de síngela ilusão
Donde tu, envolta na tristeza desse teu canto
Me levastes a terra sonolenta de Amor de Perdição
Musa sublime, bela, quase indomável
Em nós, a incontrolável vontade de te tocar,
De te amar e de te falar dessa sã felicidade
Que se faz imensidade nesse teu lindo olhar
Fostes a sombria verdade da nossa insanidade,
Teu canto espelhando tua síngela humildade,
Fostes a bela e a fera no veludo do teu manto
E hoje, o eterno escudo dourado da imortalidade.
Salomé
Ess. Paços de Brandão 2009