ÍDOLOS
Fecho os olhos. Voejo na imensidão inusitada
dos ídolos que enfeitaram a minha existência.
Palcos alcatroados onde a magia vicejava...
Sob olhares vívidos, inocentes
de platéias que em delírios aglutinavam-se.
Enfeitando a vida, os ídolos constroem
alvissareiros sonhos sublimados:
sonhos encantados de inocência
que, no pulsar breve do tempo,
constroem pouco a pouco a dura realidade!
Seres visíveis em talentos e emoções,
e, ao mesmo tempo, invisíveis
nas formas frágeis da ilusão!
Imortais em nossos pensares...
Deuses, divas, fulguram-se como as estrelas!
E como meteoros cadentes,
dissipam-se ao apagar das luzes
nas ribaltas reluzentes...