NADA MORRE QUANDO O AMOR PRONTIFICA

(para a Dona Wilma Laurino)

De cores e de mil sonhos se faz a vida,

para quem nela acredita.

É certo e sabido, porém, que também as

nuvens, mais escuras, descem à terra,

trazendo ora benefícios ora prejuízos.

Fruto da evolução do Universo, para

sobrevivermos, despimo-nos de muitas

defesas e assim ficamos à mercê das

intempéries, a que chamamos de velhice

e de doença.

Não há como fugir a esta realidade, apesar

dos grandes avanços da medicina e da

ciência. Somos sem dúvidas o elo mais fraco.

Então as cores se desvanecem e todos os sonhos,

tornam-se pesadelos, quando algo de ruim

nos acontece, a nossos familiares ou amigos.

Nessa altura há que ser forte, buscar no mais

fundo de nós, a sobrevivência de milénios.

Lutando até esgotarmos todas as nossas forças,

sem entrega nem renúncia, pois que nada é

premeditado ou tem fado nem metafísica

alguma.

E na hora da partida, regozijarmo-nos apenas,

pelo fruto deixado, que levará adiante nosso nome,

para aonde ele jamais será esquecido:

em olhos límpidos de criança, nosso garante e

nosso pão.

Jorge Humberto

15/08/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/08/2008
Código do texto: T1130931
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