CANTE O CANTO DA INCLUSÃO

Do baú de "Raulzito"

ao agito de Benjor,

cante o gueto, a roça, o Rossi

ou as modas de sertões;

de subúrbios; morros; mangues...

Se você é brega ou Chico,

Rei Arthur ou Rei Roberto,

Ana Nery ou Carolina,

cante a sina que lhe cabe;

só não deixe de cantar...

A viola de Paulinho

pede um Fundo-de-Quintal;

o pandeiro mescla Zeca

e Jakson Forrogode;

só não pode a calação...

Sendo diva ou "Dijavan",

quiçá Jorge, Seu ou São

e Marisa Monte ou vale

como Valle o Marcos é,

a missão é só cantar...

Temos Zecas: O Baleiro,

o chaveiro, o Pagodinho,

todo canto sei Dicró,

a Marrom desata o nó

desses males pra espantar...

São João, João Gilberto,

Preto Véio e Preta Gil,

seja Bruce Lee ou Rita,

tudo intima o dom da voz

de quem canta ou grita "iá"...

Brega mesmo é criar briga

de linhagens ou estilos,

de Versilos, Chororós,

deixa estar; o canto é livre,

fruto bom de quem plantar...

Cante o canto da inclusão

que mistura os cantos destes

e dos quantos não citei,

cumpra o sonho dessa lei;

deixe o coração cantar...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 05/08/2008
Código do texto: T1113875
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