DO AMOR
Professo aqui meu amor,
entre jardins e flores matinais.
Teu olhar percorre minha alma,
como se uma suave brisa, no entardecer.
Corpos nus, libertos de pudor,
alimentam-se da certeza, de cada um.
E assim, quais crianças, entregamo-nos,
ao jogo da sedução.
Porém a Natureza tudo observa, num rito
silente e castiço:
que se faz presença,
nas folhas trémulas das árvores.
E quando a manhã se faz presente,
partiremos, de mãos dadas –
bocas saciadas, pelo róscido da madrugada.
Jorge Humberto
20/05/08