A Página em Branco

Um dia, Eu,

Abri teu diário...

Nele havia uma única página,

Entre todas as páginas,

Que realmente chamou-me à atenção...

Nela não havia nada,

Apenas um título...

“Ao meu amor”.

A princípio, eu não entendi.

Não entendi... Mas senti.

Não chorei... Mas amei.

Não falei... Mas guardei...

Toda minha vida,

Resumiu-se em te amar,

E como se fosse ridículo...

Você se foi!

Pegou o trem que vai para Olimpo,

O trem negro da Morte,

Do qual em breve serei passageiro.

Hoje em teu diário,

Aquela mesma página eu olhei...

E nela não havia apenas mais um título,

Havia a mais bela declaração de amor,

Que você poderia me deixar:

“Ao meu amor,

Amor este que me escreveu poemas...

Amor este que é meu poeta...

Meu poeta que esta aprendendo

Á amar e a viver...”.

E assim, eu morri.

Morri só. Amando-te...

Morri aprendendo a viver...

"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"

Le Vay
Enviado por Le Vay em 16/05/2008
Reeditado em 23/07/2010
Código do texto: T992726
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