LEMBRANÇAS

Serão das nossas lembranças; 
Que a dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com as suposições de qualquer lugar...


Como nuvens pelo céu 
Que passam por mim, sem me guiar
Nenhum dos sonhos são meus,
Embora eu vivo a sonhar! 


São coisas no alto que são, 
Que parecem não ter fim!
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vi...


Pelos campos que esmorece...
Que acelera o coração!
Símbolos? Sonhos? Quimeras.
Meu coração ao que foi? 


Minha dor que me transforma?
Que coisa inútil me dói?
Como um vento na espera,
Minha emoção não tem fim... 


Nada sou, nada me resta.
Não sei quem sou ,nem de onde vim,
E como entre os pinheirais
Há grandes sons de folhagem, 


No fundo desta miragem... 
Vivendo a mercê de um  mundo sem fim,
Na esperança de  voltar para mim...
E o grande ruído do vento !


Que as folhas cobrem seus cantos,
Despe-me meus  pensamentos :
Para um céu maior que há no mundo!
Me conformo ser  um sonho...
Como as estrelas sem dono.
Vera Fracaroli
Enviado por Vera Fracaroli em 09/05/2008
Reeditado em 05/11/2008
Código do texto: T982469
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.