Promessas

“Não vou embora”

Você disse

E por um momento

Voltei no tempo

E revivi aquilo que tive

E que,

Latente,

Ainda tenho.

“Tomara”

Eu disse

Com esperanças,

E também com receios nos olhos

De um retorno

Armado

Por nossa mútua confiança.

“Eu prometo”

Você disse

E eu só queria mais perto estar

Para também ver isso

No seu olhar

E ter certeza

De que estaria bem.

“Vou cobrar”

Eu disse

Tentando não pensar

Na causa de tudo aquilo

Que faria minha estrada

Perder algo de seu ladrilho.

Então,

Nos damos conta

De que a vida é uma interrogação.

Não sabemos quando ela brinca,

Nem quando quer de nós uma ação

E sabemos disso.

Nela,

Ao menos uma coisa aprendemos.

Nossa distância é irrelevante

E de alguma forma

Nos compreendemos.

Diante disso

“Eu te adoro”

Nós dissemos.

Jéssyca Pinho

Belém, 25 de março de 2008.

(09:11)