Deve chamar-se tristeza
Deve chamar-se tristeza
Isto que não sei que seja
Que inquieta a alma sem surpresa
A saudade que não se deseja.
Sim, tristeza - mas aquela
Que nasce antes de acontecer
Que ao longe está uma estrela
E de perto está o não Ter...
Seja o que for, é o que tenho.
Tudo mais é tudo que dói no peito
E eu deixo ir o pó que apanhei
De entre as mãos com que fiquei.
Que lá no fim do mundo deixei...
Vieram me perguntar
Qual era o anseio no fundo
Que me fazia chorar?
E eu disse, "É este que os poetas
Têm tentado dizer"
Em obras sempre incompletas
Em que puseram em seu ser.
Ë assim com um gesto nobre
Respondi a quem não sei
Se me houve por rico ou pobre.
Dói-me no coração pra valer!
Este coração a querer...
Uma dor que me envergonha
Quê ! Esta alma que sonha
O âmbito de todo o mundo
Quem vive tanto a sofrer!
Por tão pequena agonia...
Uma mulher furiosa
Que no seu tédio esfazia...
Este seu tanto VIVER!
Deve chamar-se tristeza
Isto que não sei que seja
Que inquieta a alma sem surpresa
A saudade que não se deseja.
Sim, tristeza - mas aquela
Que nasce antes de acontecer
Que ao longe está uma estrela
E de perto está o não Ter...
Seja o que for, é o que tenho.
Tudo mais é tudo que dói no peito
E eu deixo ir o pó que apanhei
De entre as mãos com que fiquei.
Que lá no fim do mundo deixei...
Vieram me perguntar
Qual era o anseio no fundo
Que me fazia chorar?
E eu disse, "É este que os poetas
Têm tentado dizer"
Em obras sempre incompletas
Em que puseram em seu ser.
Ë assim com um gesto nobre
Respondi a quem não sei
Se me houve por rico ou pobre.
Dói-me no coração pra valer!
Este coração a querer...
Uma dor que me envergonha
Quê ! Esta alma que sonha
O âmbito de todo o mundo
Quem vive tanto a sofrer!
Por tão pequena agonia...
Uma mulher furiosa
Que no seu tédio esfazia...
Este seu tanto VIVER!