CANÇÃO DE INVERNO

Pálida luz da manhã de inverno
A esperança, como um fósforo ainda aceso,
A tua voz fala amorosa...
Há de está sossegado...
Á espera e acomodado...


Árvores verdes,
As lentas nuvens fazem sono!
As nuvens são sombrias,
A tua carne calma!


Basta pensar em sentir...
Bem, hoje que estou só e, posso ver
Caiem pedaços de som...
Cai chuva do céu cinzento!


Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa
Caminha a "teu" lado muda...
Cansada até dos deuses que não são,
Cansa ser, sentir dói, pensar destrói!


Cantar onde nada existe!
Cheguei à janela...
Chove. Que fiz eu da vida?
Clareia cinzenta a noite de chuva...


Começa, no ar da manhã,
Como às vezes num dia azul e manso...
Como nuvens pelo céu,
Daqui a pouco acaba o dia...
Deixa-me ouvir o que não ouço!

Deixei atrás os erros do que fui...
Deixem-me o sono! Sei que é já de manhã.
Deixei de ser aquela que esperava...
Deixo ao cego e ao surdo,


Depois que o som da terra, que é não tê-lo,
Depois que fui desfazer a mala feita pra a partida?Desperto sempre antes que raie o dia...
Deus não tem unidade...
Deve chamar de tristeza?
Ou de realidade!

      
Vera Fracaroli
Enviado por Vera Fracaroli em 23/04/2008
Reeditado em 10/09/2008
Código do texto: T957930
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