INSÔNIA
Quando se quer dormir
e o sono não vem
Quando cai a noite
de céu avermelhado
Ardem em vibrações
e sons estridentes
Simples infâmia farta
de sangue latejante
Banhando meus céus
de plebeia aprendiz
Enraizado nas paragens brandas
de meus olhos convulsivos
Ardente e apaixonada
mordendo os lábios de desejos
Sentimentos lascivos
agora vibram em meu ser
Dos nervos em chamas
de ventos quentes
A flor de meus caminhos pudicos
tem intensa inquietação...
Visões exacerbadas à fantasia
de berço sussurrante
À noite mal dormida
e novas deliciam-se...
Antigos sonhos erram
das ondas revoltas
que pertubam-me
Nas noites estreladas,
e de imersa umidade
Na salgada seiva
de minhas pálpebras
Virgem e insana insônia!