ACALANTO DE AMOR

O cantarolar dos pássaros,

Que voam na imensidão.

Voando por esses ares,

Pousam nas relvas,

Nas matas e nos pomares;

Trazem com eles a alegria,

Nos gorjeios dos cantares.

Ao longe ouço os piares

Dos canarinhos na serra.

De súbito sobre o meu peito,

Uma saudade se encerra,

Daquela menina linda,

Nas alamedas da terra;

Buscando os pássaros nos galhos,

Numa manhã densa e fria,

Oh! Deus meu, quanta alegria,

O seu sorriso evocava.

Hoje, perdido na solidão,

Não vejo os pássaros voarem,

Poucos são os seus cantares,

Parece que o sol sumiu,

A serra se vez baixio,

Quase o coração parou.

Pouca coisa me restou,

Depois que ela partiu.

Rio, 09/04/2008

Feitosa dos Santos