QUERO VOCÊ, MENINA.

Em algum lugar do passado,

devo ter estado com você.

Talvez estivéssemos

lutando contra o relógio.

Brincando de futurar.

E falávamos de trovas

e cantigas de ninar.

Nem me lembro se era príncipe

ou plebeu.

De você, só imagino sussurros.

E corríamos, tresloucados,

em busca do que não sabíamos.

Devo ter estado sim.

É forte a intuição do momento.

Sua imagem gravada pela retina,

não se desfez com o tempo.

Agora, juro, quero você menina,

em algum lugar do futuro.