Escultura

Nem que me cortem

E nem que a morte

Venha me espreitar...

Nem que a dor das dores

Das perdas,

Amores, filhos, dissabores...

Nem milagre fará

Deixará de ver,

De rir,

De te dar,

De te amar

E de ir...Se a hora for.

Mas antes,

Um beijo...

Aspiro

Um beijo de amor,

Teu beijo.

Agora venham as mortes,

Azares e as sortes,

Que estou coberta,

Que estou, decerto,

Em muralhas

De um santo

Que cobre

De manto,

Que pobre

Nasceu para ser

Um Principe,

Um Rei,

Um santo

E meu...

Só meu...

Eu sei.