ESQUECIMENTO



Às vezes chove e eu olho na vidraça,
os pingos caem e eu lembro você,
Que saiu de minha vida sob trapaça
Sem deixar alegria a minha mercê

Houve festa, drinques, palavra doce
Também tempestade, na boca mordaça
Às vezes chove e eu olho na vidraça,
os pingos caem e eu lembro você,

Lembrança triste,  você foi desgraça
Ficou no passado, não mais me adoece
Quero da chuva, o viço que abraça
A vida mais pura, depois que se esquece
Às vezes chove e eu olho na vidraça...

Denise Severgnini
Mara Regina Weiss