CENAS DE UM AMOR DIFERENTE

Aqui, onde antes, era eu a sós,

quantas das vezes me desconheço.

Se nem a mim próprio pertenço,

como desatar estes meus nós?

Porém agora cuidar tenho,

não só de mim como doutro alguém.

Que nunca a trate como a ninguém,

que nunca me venha o desdenho.

Certamente por ela não virá,

pois que a amo de paixão.

E bate, bate forte viril coração…

que ela por mim testemunhará.

A favor do meu esforço sem par,

deste meu aprendizado constante.

Nunca, nunca mais, doravante,

jogarei minha vida a estragar.

Pois eu sei que ela, a meu lado,

sempre estará insistentemente.

Dói meu coração placidamente,

dói, dói de tão apertado.

Mas esta é uma dor afectuosa,

dois corações num só.

Quem sabe daremos o nó,

numa cena bem lacrimosa.

Sim… porque eu e minha Mulher,

somos criaturas sensíveis.

E as coisas tornam-se previsíveis,

inda antes do acto sequer.

Será uma festa só para amigos,

nada de grandes confusões.

E as distracções e alimentações

serão para aqueles sem abrigo.

Pois nós não queremos riquezas,

só bem-estar e muito calor.

E todo este nosso amor,

nunca se deu bem com avarezas.

Jorge Humberto

28/02/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 17/03/2008
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