AMOR DISTANTE



Mesmo distante ainda, causas incuráveis danos
Rezo outras cartilhas, aparto tuas desavenças
Visto templos de deuses pagãos e tão profanos
Não distingo entre tantos credos, a tua herança
Ausência de sons incendeia meus tímpanos
Como se a implorar fossem pela tua presença
Nem tua sombra aparece revestida em panos
E o aquietamento de teus lábios é descrença
Eu regulo minha exatidão... Teu silencio me beija
E os lábios sorvem a saudade, doce-fel mortal
Ainda sou aquela alma açoitada e mui andeja...

Quero festa com acordes musicais em brados
Renúncias, dissabores... Esquecidos em festival
Para que tua foto seja colada em outros quadros