UM AMOR EM BRUMAS
Da ampla sala e defronte,
Turva névoa varre o monte,
Que parece no infinito penetrar;
Um pensamento que voa,
Um olhar terno destoa,
Desse tão confuso pensar.
Busca longe bem distante,
Quem sabe por trás do monte,
Não esteja esse amor;
Sofre um coração calado
E por dores ladeado,
Morre aos poucos de paixão.
Um frio sente lá dentro,
Não o que vem do relento,
Mas o que nasce da escuridão;
O sol que brilha por cima,
Não clareia a colina,
Um vislumbre a visão.
Os raios vindos do amor,
Apenas provocam a dor,
Que sente um coração.
Rio, 26/02/2008.
Feitosa dos Santos