O CASAMENTO
Nasce o ser vivente,
Faminto, nu e carente,
De afago amor e paz;
Em tristeza se desfaz,
Quando do amor paterno,
Aparta-se para o conjugal,
Não materno.
Pobre diabo, ser vivente;
Prosseguirá faminto,
Nu e carente.
O amor que a gente sente,
Chega a nos doer por dentro.
O objeto do amor,
Homem e mulher;
Só não sente quem não quer,
Tolerar o incômodo sofrimento,
Desdita de quem se lança,
À sanha do casamento.
Casar por quê?
Casar para quê?
O ser vivente é carente
E precisa entender,
Do amor o porquê.
“20 de Junho de 2000”
Feitosa dos Santos