Alceu de Messene. Ant. Pal., V.10 (uma recriação).

Odeio o Amor! Que deus pesada besta

poupa e, ao invés, investe em presa mansa?

Pois danos não mereço, embora sofra:

em meu c’ração, Amor seus dardos lança!

Como hei de velejar, se em chamas ardo, 5

e em mar bravio um deus revolto lança-me?

Por que prêmio ele oprime um peito manso?

Que troféu ganha, triunfando, um deus!,

sobre encéfalo humano? Sem que eu saiba,

sobra a quem amo, a quem laurel reclamo! 10

ἐχθαίρω τὸν Ἔρωτα: τί γὰρ βαρὺς οὐκ ἐπὶ θῆρας

ὄρνυται, ἀλλ᾽ ἐπ᾽ ἐμὴν ἰοβολεῖ κραδίην;

τί πλέον, εἰ θεὸς ἄνδρα καταφλέγεί; ἢ τί τὸ σεμνὸν

δῃώσας ἀπ᾽ ἐμῆς ἆθλον ἔχει κεφαλῆς;

Alexandre Ziani de Borba e Alceu de Messene
Enviado por Alexandre Ziani de Borba em 22/04/2025
Reeditado em 23/04/2025
Código do texto: T8315548
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