DELITO AMOROSO
Quando do tempo, eu me perco
Amordaço meus sonhos, não grito.
Silencio as vontades e, por vezes, reflito
Se eu devo ou não, abrir o meu cerco
Quase vendo os meus olhos, pago caro.
Por sentimento que não roubei. Invisto
Numa procura de mim... Então, separo
Joio do trigo... Talvez, delito já previsto
Um crime perfeito _(dar-me a ti)_, sem juízo...
De um habeas corpus, parece que preciso
Uma alforria de ti, benfazeja... E assim,
Eu quero a lei, estou foragida de mim.
LuciAne
Denise Severgnini