Abismo dos teus olhos Castanhos
Entre mil olhos azuis, mares que encantam,
E céus que prometem sonhos em calma,
Eu ainda prefiro o abismo que espanta,
Teus olhos castanhos, que roubam minha alma.
É um mergulho sem volta, uma queda sublime,
Onde a escuridão guarda luzes secretas.
São estrelas perdidas em noites tão vastas,
Um mistério eterno em sombras discretas.
Os azuis sussurram histórias ao vento,
Mas teus castanhos gritam a verdade.
Cada piscada esconde um tormento,
Um mundo profundo de rara intensidade.
Não é o brilho, nem mesmo a clareza,
É o calor que deles sempre emana.
Teus olhos castanhos, pura riqueza,
Queimando meu peito em chama profana.
Se entre os azuis eu pudesse escolher,
Ainda cairia no teu infinito.
Pois teus castanhos me fazem viver,
O amor mais sincero, real e bendito.