MEU PEDIDO DE AMOR

A vida passante segue lá fora

O vazio das horas exauriu meu ser

Metáforas ambulantes corroem minh’alma

Num profundo marasmo de incertezas.

Ah! Como eu queria vencer!

Vencer este vício, esta chaga...

Que queima meu âmago!

Arrancar do meu peito

Sentimento sangrento

De dores sem fim!

Ah! Se a Lua soubesse

Que tudo em mim padece

Deixaria de ostensivamente brilhar.

De ficar ali a iluminar

O teu caminhar!

Meu Deus que martírio

Esse amor sem medida

Que ensurdece os ouvidos

Que cala minha voz

Que cega meus olhos

Que tolhe meus atos!

Não, cruel castigo não é merecido!

Eu te quero mais do que tenho

Mais que um irmão!

Quero o teu coração!

Oh Morfeu! Estende teus braços

Carrega-me em teu regaço

Adormece tu, os meus sentidos!

Para que eu sonhe

Mais um sonho impossível

Onde tudo será presumível

E eu feliz serei

Pois te terei como um rei

Dos meus castelos sem fim!

Ah!Numa terra d’além

Eu e tu, mais ninguém...

Acordei!