ADEUS AOS GRANDES AMANTES

A quem ama muito ou pouco,

Caminhem todos, avante.

Esses nunca entenderiam,

Um grande amor ofegante,

Compreende do que eu falo,

Apenas o grande amante.

São esses mirabolantes

Nos modos e no pensar,

Constroem oportunidades,

Nas quais se fazem embalar;

Indo do velho ao novo,

Levam as mulheres ao amar.

Certo estava o Drummond,

Um grande amor é “incômodo”.

Quem muito ama na vida,

Barreiras vão encontrando,

Algumas são derrubadas,

Outras? Vida inteira escalando.

Sonha o homem encontrar

Sempre o que nunca perdeu.

Faz este o próprio caminho,

Constrói o amor que é seu,

Apenas o grande amante,

Chora o amor que morreu.

Sucumbe à casa primeira,

Mãe terra ultima habitação,

Queixas, cobranças e lágrimas,

Quando se perde a razão.

Na lápide fica o inscrito.

Jaz aqui o amante e o coração.

Rio, 12 de janeiro de 2008.

Feitosa dos Santos